Pense em William James [...] que uma vez comparou qualquer tentativa de estudar a consciência humana a acender uma lâmpada a fim de examinar melhor a escuridão.
Por mais que Karen Thompson Walker faça referência a William James ao dizer que o ser humano é complexo e difícil de estudar, a mesma parece ter captado muito bem nossa essência ao descrever perfeitamente um cenário que, há menos de seis meses, era impensável para a maioria de nós. Se estivéssemos na época da inquisição, ela seria facilmente acusada de ser uma bruxa viajante do tempo - ouso dizer que essas acusações poderiam ser feitas atualmente, caso o povo brasileiro tivesse amplo acesso à leitura. Apesar disso, cá estamos: presos dentro de casa ou arriscando nossas vidas hoje para garantir nossas vidas amanhã - mesmo sem saber direito como será esse tal amanhã.
O "novo normal" já é a expressão de coach mais odiada entre os internautas e as fake news e teorias da conspiração fascinam alguns e indignam outros. Não temos muitas opções além de tentar viver um dia de cada vez e esperar pelo melhor. E era o que eu estava tentando fazer quando comecei a ler "Os sonhadores". Pensei que poderia ser melhor viver a pandemia dentro de um livro do que vivê-la na vida real. Porém a ficção era muito próxima da realidade, tão próxima que, a cada página lida, eu me sentia tentada a conferir a data de lançamento do livro (15 de janeiro de 2019) mais uma vez.
imagem por @saseko |
A fonte dos problemas, ao que parece, não é loucura, nem veneno, tampouco bactérias. Santa Lora está sendo assombrada por uma força nem viva nem morta: um vírus. Um até então desconhecido pela ciência.
Confesso para vocês que fiquei muito tempo presa nesse post. Como eu já estou farta de dizer - e vocês estão fartos de ouvir - a escrita acadêmica me travou para a escrita despretensiosa e eu não consigo mais resenhar um livro sem que todas as minhas afirmações sejam embasadas em artigos científicos devidamente citados de acordo com as normas ABNT. Por isso, minha proposta nesse post não é fazer uma resenha em si, mas conversar um pouco sobre o enredo do livro e traçar alguns paralelos entre ele e a nossa realidade durante a pandemia da COVID-19.
Livro: Os Sonhadores
Escritora: Karen Thompson Walker
Publicação: Esse livro foi publicado no Brasil pela TAG Inéditos em parceria como selo Alfaguara da Companhia das Letras.
Sinopse: Uma pacta cidade nos Estados Unidos é transformada por uma misteriosa doença. Seus habitantes caem aos poucos em um sono profundo, perpétuo, e os que continuam despertos precisam aprender a seguir com a vida e a sobreviver - sem saber se irão acordar no dia seguinte. É um romance impactante, da autora do best-seller A idade dos milagres.
A história do livro se passa na pacata Santa Lora: cidade pequena, cercada por uma floresta propícia a incêndios e banhada por um rio que enfrenta uma de suas piores secas. Em um dia comum, Mei percebe que sua colega de quarto está dormindo há tempo demais e resolve chamar por ajuda. Quando os paramédicos chegam, percebem que a menina está apenas dormindo, com os sinais estáveis e uma atividade cerebral intensa. No entanto, por mais que tentem, não conseguem fazê-la acordar. A partir daí, a epidemia se estende por toda a cidade, fazendo com que as pessoas caiam em um sono súbito, profundo e... interminável? Os cientistas tentam entender a doença, enquanto os doentes correm o risco de morrer por desidratação caso não sejam hospitalizados.
A autora opta por contar a história através do ponto de vista de vários personagens: um casal com uma bebê recém nascida, um pai paranoico que desconfiava das instituições (inclusive hospitais) e que tenta proteger as filhas a todo custo, uma adolescente grávida, um homem que morava sozinho, uma pessoa mentalmente debilitada em uma casa de repouso, uma caloura tímida da universidade que estava longe da família pela primeira vez. Cada um deles tem uma forma diferente de reagir à epidemia: preocupações diferentes, necessidades específicas. Se os pais ficassem doentes, quem cuidaria da bebê? Se a caloura morresse, quem contaria a seus pais? Se o homem que morava sozinho caísse em sono profundo, alguém descobriria à tempo de levá-lo para o hospital ou ele morreria desidratado? Será que a doença interfere na gestação da adolescente? Se sim, como?
O mais interessante é pensar que uma professora de escrita criativa teve sensibilidade para considerar todos esses cenários e empatia suficiente para se colocar no lugar de cada uma dessas pessoas (inclusive as crianças) e perceber a complexidade da situação cada uma. Sensibilidade que os governantes do nosso país parecem não ter. Aqueles que pretendem fazer algo concreto para ajudar as pessoas mais necessitadas não têm dimensão das diversas realidades que compõe o nosso país, optando por saídas universalizadas, pouco efetivas e que ignoram as particularidades de cada um. No entanto, esse não é o nosso maior problema, visto que ainda existe um grupo de políticos que preferem usar a doença como ferramenta de genocídio, aproveitando-se da falta de infraestrutura e das necessidades do povo mais vulnerável para exterminá-los.
Os capítulos 16 e 38 se sobressaem na narrativa por contar como as pessoas que estavam fora da cidade reagiram às notícias sobre o vírus. Infelizmente, não posso reproduzir esses dois capítulos na íntegra, mas deixo aqui alguns trechos que explicam muito bem a ideia geral que eles carregam:
Capítulo 16
A essa altura, certas teorias alternativas começam a circular on-line. É o governo, dizem. Ou são as Grandes Corporações Farmacêuticas. Algum tipo de germe deve ter escapado de um laboratório da faculdade [...] O talvez não haja doença nenhuma [...] Talvez, alguns começam a dizer, Santa Lora não seja nem mesmo uma cidade real [...] Todas essas imagens quem sabe estão sendo geradas e transmitidas em alguma sala de edição no vale [...] E quem você acha que paga o salário os salários desses chamados "jornalistas" que informam todas essas notícias faltas?
Capítulo 38
Uma nova hashtag começa a figurar entre os tópicos mais comentados das redes sociais: #FarsaSantaLora [...] É isso que se trata de fato: uma desculpa para o governo assumir o controle [...] Pode ser a Rússia que esteja por trás disso, ou a Coreia do Norte[...] E vocês já ouviram os últimos números? Mil e quinhentos casos em seis semanas? Calma aí, nada se espalha tão rápido.
Soa familiar? As narrativas e conspirações se sobressaem em detrimento da ciência, servindo a grupos de interesse específicos ou apenas se aproveitando da dificuldade que as pessoas têm de encarar a realidade. Enquanto todos esses boatos tomam o país, um grupo de cientistas de várias áreas se concentram em tentar descobrir como a doença funciona e se existe uma cura. Os profissionais da saúde sentem medo frente ao risco de contaminar seus entes queridos e, aos poucos, acabam sendo infectados e se transformam em pacientes. É estranho pensar que quando a COVID-19 não era uma possibilidade plausível, uma pessoa foi capaz de descrever as reações e desdobramentos de uma epidemia com perfeição, desde a descrença (ou excesso de crença) até os riscos aos quais os profissionais da saúde estão submetidos.
Durante a leitura, não pude evitar me sentir muito inocente (para não dizer burra). Para mim, todos os empecilhos que estamos vivendo frente à pandemia eram caóticos, extremos e inimagináveis: quem em pleno uso das faculdades mentais vai negar uma doença que tem o potencial de tirar milhões de vidas? Que tipo de pessoa se preocupa mais com festas, cortes de cabelo e manicure do que com a vida das pessoas? As pessoas realmente preferem acreditar em boatos do que nos estudos científicos? Vão continuar a vida como se nada estivesse acontecendo? Aparentemente, olhando o problema de fora e encarando-o como uma possibilidade (e não como realidade caótica em que vivemos), essas reações sempre foram factíveis.
Essa cidade, esses vizinhos que andam com seus cachorros nas ruas - não parece um lugar que nesse momento sente os efeitos de uma peste. É possível extrair um bocado de conforto a partir da normalidade dos outros - se uma epidemia estivesse de fato se espalhando, os vizinhos estariam limpando as folhas caídas nos gramados? O carteiro estaria entregando folhetos?
Quanto à leitura em si, considerei que ler um livro sobre epidemia durante uma pandemia talvez não fosse a melhor das decisões. No entanto, me surpreendi. O livro prendeu a minha atenção, a leitura não foi custosa e, para o momento em que eu estava (e no estado emocional/psicológico em que eu estava) serviu como uma espécie de acalento. Acompanhar o decorrer dos fatos em Santa Lora fez com que eu me distanciasse um pouco da nossa situação real - o que pode ser bom, porque as notícias pararam de me fazer tão mal, mas também pode ser ruim, porque eu fiquei um pouco mais fria com relação à pandemia. Do meio para o final do livro, a autora dá um tom de magia à doença que, ao meu ver, foi desnecessário e tirou um pouco da seriedade da história.
Confesso que eu não teria me interessado tanto pela narrativa se estivéssemos em um contexto diferente. Não vou recomendar o livro por dois motivos. (1) Sei que essa narrativa pode desencadear reações negativas e a sua experiência de leitura pode ser muito diferente da minha. Se você decidir ler, vá com cuidado e respeite seu tempo (e sua cabeça). (2) Esse livro foi enviado pela TAG Inéditos no kit do mês de abril. A TAG costuma vender kits passados em sua loja online, mas o kit desse livro estava esgotado na última vez em que consultei. Ademais, eu estou meio brigada com a TAG por causa do atendimento deles (péssimo) e da qualidade dos produtos (já recebi dois kits com o box descolando e, pelo preço que eles cobram, isso super não deveria acontecer). Seria incoerente da minha parte recomendar a leitura de um material que não está facilmente disponível. Talvez a Companhia das Letras lance o livro em breve, mas, até onde eu pude pesquisar, não existe previsão para que isso aconteça.
Pense em William James [...] que uma vez comparou qualquer tentativa de estudar a consciência humana a acender uma lâmpada a fim de examinar melhor a escuridão.
Por mais que Karen Thompson Walker faça referência a William James ao dizer que o ser humano é complexo e difícil de estudar, a mesma parece ter captado muito bem nossa essência ao descrever perfeitamente um cenário que, há menos de seis meses, era impensável para a maioria de nós. Se estivéssemos na época da inquisição, ela seria facilmente acusada de ser uma bruxa viajante do tempo - ouso dizer que essas acusações poderiam ser feitas atualmente, caso o povo brasileiro tivesse amplo acesso à leitura. Apesar disso, cá estamos: presos dentro de casa ou arriscando nossas vidas hoje para garantir nossas vidas amanhã - mesmo sem saber direito como será esse tal amanhã.
O "novo normal" já é a expressão de coach mais odiada entre os internautas e as fake news e teorias da conspiração fascinam alguns e indignam outros. Não temos muitas opções além de tentar viver um dia de cada vez e esperar pelo melhor. E era o que eu estava tentando fazer quando comecei a ler "Os sonhadores". Pensei que poderia ser melhor viver a pandemia dentro de um livro do que vivê-la na vida real. Porém a ficção era muito próxima da realidade, tão próxima que, a cada página lida, eu me sentia tentada a conferir a data de lançamento do livro (15 de janeiro de 2019) mais uma vez.
imagem por @saseko |
A fonte dos problemas, ao que parece, não é loucura, nem veneno, tampouco bactérias. Santa Lora está sendo assombrada por uma força nem viva nem morta: um vírus. Um até então desconhecido pela ciência.
Confesso para vocês que fiquei muito tempo presa nesse post. Como eu já estou farta de dizer - e vocês estão fartos de ouvir - a escrita acadêmica me travou para a escrita despretensiosa e eu não consigo mais resenhar um livro sem que todas as minhas afirmações sejam embasadas em artigos científicos devidamente citados de acordo com as normas ABNT. Por isso, minha proposta nesse post não é fazer uma resenha em si, mas conversar um pouco sobre o enredo do livro e traçar alguns paralelos entre ele e a nossa realidade durante a pandemia da COVID-19.
Livro: Os Sonhadores
Escritora: Karen Thompson Walker
Publicação: Esse livro foi publicado no Brasil pela TAG Inéditos em parceria como selo Alfaguara da Companhia das Letras.
Sinopse: Uma pacta cidade nos Estados Unidos é transformada por uma misteriosa doença. Seus habitantes caem aos poucos em um sono profundo, perpétuo, e os que continuam despertos precisam aprender a seguir com a vida e a sobreviver - sem saber se irão acordar no dia seguinte. É um romance impactante, da autora do best-seller A idade dos milagres.
A história do livro se passa na pacata Santa Lora: cidade pequena, cercada por uma floresta propícia a incêndios e banhada por um rio que enfrenta uma de suas piores secas. Em um dia comum, Mei percebe que sua colega de quarto está dormindo há tempo demais e resolve chamar por ajuda. Quando os paramédicos chegam, percebem que a menina está apenas dormindo, com os sinais estáveis e uma atividade cerebral intensa. No entanto, por mais que tentem, não conseguem fazê-la acordar. A partir daí, a epidemia se estende por toda a cidade, fazendo com que as pessoas caiam em um sono súbito, profundo e... interminável? Os cientistas tentam entender a doença, enquanto os doentes correm o risco de morrer por desidratação caso não sejam hospitalizados.
A autora opta por contar a história através do ponto de vista de vários personagens: um casal com uma bebê recém nascida, um pai paranoico que desconfiava das instituições (inclusive hospitais) e que tenta proteger as filhas a todo custo, uma adolescente grávida, um homem que morava sozinho, uma pessoa mentalmente debilitada em uma casa de repouso, uma caloura tímida da universidade que estava longe da família pela primeira vez. Cada um deles tem uma forma diferente de reagir à epidemia: preocupações diferentes, necessidades específicas. Se os pais ficassem doentes, quem cuidaria da bebê? Se a caloura morresse, quem contaria a seus pais? Se o homem que morava sozinho caísse em sono profundo, alguém descobriria à tempo de levá-lo para o hospital ou ele morreria desidratado? Será que a doença interfere na gestação da adolescente? Se sim, como?
O mais interessante é pensar que uma professora de escrita criativa teve sensibilidade para considerar todos esses cenários e empatia suficiente para se colocar no lugar de cada uma dessas pessoas (inclusive as crianças) e perceber a complexidade da situação cada uma. Sensibilidade que os governantes do nosso país parecem não ter. Aqueles que pretendem fazer algo concreto para ajudar as pessoas mais necessitadas não têm dimensão das diversas realidades que compõe o nosso país, optando por saídas universalizadas, pouco efetivas e que ignoram as particularidades de cada um. No entanto, esse não é o nosso maior problema, visto que ainda existe um grupo de políticos que preferem usar a doença como ferramenta de genocídio, aproveitando-se da falta de infraestrutura e das necessidades do povo mais vulnerável para exterminá-los.
Os capítulos 16 e 38 se sobressaem na narrativa por contar como as pessoas que estavam fora da cidade reagiram às notícias sobre o vírus. Infelizmente, não posso reproduzir esses dois capítulos na íntegra, mas deixo aqui alguns trechos que explicam muito bem a ideia geral que eles carregam:
Capítulo 16
A essa altura, certas teorias alternativas começam a circular on-line. É o governo, dizem. Ou são as Grandes Corporações Farmacêuticas. Algum tipo de germe deve ter escapado de um laboratório da faculdade [...] O talvez não haja doença nenhuma [...] Talvez, alguns começam a dizer, Santa Lora não seja nem mesmo uma cidade real [...] Todas essas imagens quem sabe estão sendo geradas e transmitidas em alguma sala de edição no vale [...] E quem você acha que paga o salário os salários desses chamados "jornalistas" que informam todas essas notícias faltas?
Capítulo 38
Uma nova hashtag começa a figurar entre os tópicos mais comentados das redes sociais: #FarsaSantaLora [...] É isso que se trata de fato: uma desculpa para o governo assumir o controle [...] Pode ser a Rússia que esteja por trás disso, ou a Coreia do Norte[...] E vocês já ouviram os últimos números? Mil e quinhentos casos em seis semanas? Calma aí, nada se espalha tão rápido.
Soa familiar? As narrativas e conspirações se sobressaem em detrimento da ciência, servindo a grupos de interesse específicos ou apenas se aproveitando da dificuldade que as pessoas têm de encarar a realidade. Enquanto todos esses boatos tomam o país, um grupo de cientistas de várias áreas se concentram em tentar descobrir como a doença funciona e se existe uma cura. Os profissionais da saúde sentem medo frente ao risco de contaminar seus entes queridos e, aos poucos, acabam sendo infectados e se transformam em pacientes. É estranho pensar que quando a COVID-19 não era uma possibilidade plausível, uma pessoa foi capaz de descrever as reações e desdobramentos de uma epidemia com perfeição, desde a descrença (ou excesso de crença) até os riscos aos quais os profissionais da saúde estão submetidos.
Durante a leitura, não pude evitar me sentir muito inocente (para não dizer burra). Para mim, todos os empecilhos que estamos vivendo frente à pandemia eram caóticos, extremos e inimagináveis: quem em pleno uso das faculdades mentais vai negar uma doença que tem o potencial de tirar milhões de vidas? Que tipo de pessoa se preocupa mais com festas, cortes de cabelo e manicure do que com a vida das pessoas? As pessoas realmente preferem acreditar em boatos do que nos estudos científicos? Vão continuar a vida como se nada estivesse acontecendo? Aparentemente, olhando o problema de fora e encarando-o como uma possibilidade (e não como realidade caótica em que vivemos), essas reações sempre foram factíveis.
Essa cidade, esses vizinhos que andam com seus cachorros nas ruas - não parece um lugar que nesse momento sente os efeitos de uma peste. É possível extrair um bocado de conforto a partir da normalidade dos outros - se uma epidemia estivesse de fato se espalhando, os vizinhos estariam limpando as folhas caídas nos gramados? O carteiro estaria entregando folhetos?
Quanto à leitura em si, considerei que ler um livro sobre epidemia durante uma pandemia talvez não fosse a melhor das decisões. No entanto, me surpreendi. O livro prendeu a minha atenção, a leitura não foi custosa e, para o momento em que eu estava (e no estado emocional/psicológico em que eu estava) serviu como uma espécie de acalento. Acompanhar o decorrer dos fatos em Santa Lora fez com que eu me distanciasse um pouco da nossa situação real - o que pode ser bom, porque as notícias pararam de me fazer tão mal, mas também pode ser ruim, porque eu fiquei um pouco mais fria com relação à pandemia. Do meio para o final do livro, a autora dá um tom de magia à doença que, ao meu ver, foi desnecessário e tirou um pouco da seriedade da história.
Confesso que eu não teria me interessado tanto pela narrativa se estivéssemos em um contexto diferente. Não vou recomendar o livro por dois motivos. (1) Sei que essa narrativa pode desencadear reações negativas e a sua experiência de leitura pode ser muito diferente da minha. Se você decidir ler, vá com cuidado e respeite seu tempo (e sua cabeça). (2) Esse livro foi enviado pela TAG Inéditos no kit do mês de abril. A TAG costuma vender kits passados em sua loja online, mas o kit desse livro estava esgotado na última vez em que consultei. Ademais, eu estou meio brigada com a TAG por causa do atendimento deles (péssimo) e da qualidade dos produtos (já recebi dois kits com o box descolando e, pelo preço que eles cobram, isso super não deveria acontecer). Seria incoerente da minha parte recomendar a leitura de um material que não está facilmente disponível. Talvez a Companhia das Letras lance o livro em breve, mas, até onde eu pude pesquisar, não existe previsão para que isso aconteça.
29 junho 2020
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natalia non grata /
para ler
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"quero comer um whopper" é 100% eu quase diariamente, sdds bk.
ResponderExcluirRecebi esse livro da TAG e ele tá aqui, junto com outros quase 300 livros a serem lidos (sem exagero, socorr), mas ainda não o peguei porque ~~gatilhos. Estou evitando qualquer coisa que possa me fazer ficar ansiosa no momento. No entanto, teu texto total me deu vontade de lê-lo, já que parece interessantíssimo. Gosto bastante da Karen Thompson Walker, então vou tentar dar uma chance. Se não rolar por agora, não rolou, paciência.
Bjo!
Eu nunca tinha lido nada da Karen, gostei muito do estilo de escrita dela. Mas é isso, livros costumam ter um tempo certo. Já deixei de aproveitar muitos livros bons por me forçar a ler em um momento "errado". Então sempre é melhor a gente largar quando a leitura não rola :)
Excluireu li algo por cima sobre esse livro, mas não fui atrás de mais infos porque de pandemia já me basta a que estamos vivendo. mas tô assim??????????????????? é foda como alguém conseguiu pensar em um cenário tão parecido como esse que estamos passando no brasil. mas, sinceramente, com uma população que elegeu salnorabo e o venera cegamente, eu não sei como que EU ainda me surpreendo com o tamanho da burrice e falta de caráter. mas, enfim né. por aqui compartilho dos mesmos sentimentos que tem vivido por aí. já pensei que ia morrer, e que minha mãe nunca cuidaria direito dos meus gatos (especialmente do charlie) e que se eu ficasse doente iria fazer uma carta pedindo que meu namorado desse um jeito de cuidar dele em minha memória (ridículo mas ainda penso em fazer isso caso ocorra, HAHA).
ResponderExcluirNão é ridículo! Eu já pensei em fazer umas cartas assim (mas nunca fiz nenhuma porque procrastinar escritos é minha especialidade). Caso você faça, por favor, coloque na carta que seu namorado precisa postar fotos fofas do gato Charlie periodicamente A INTERNET PRECISA DISSO!
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