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    supostamente, ela escreve

    Esse blog foi criado para que eu, Natália Oliveira, tivesse um espaço na internet para publicar meus textos. A bem da verdade, mais procrastino que escrevo, mas isso não me impede de sonhar acordada com o dia em que conseguirei escrever algo realmente bom. Sou saudosista da época dos blogs pessoais, gosto de histórias (e fofocas) e de jogos casuais. Esse blog já teve vários nomes (natalapses; natália non grata; olive trees, garnets and trains) e escrevo nesse espaço de forma inconstante desde agosto de 2016.

    Se quiser entrar em contato, basta deixar um comentário ou mandar um e-mail para mail.natalialvr@gmail.com.

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    Se eu tentasse escrever uma reflexão sobre o ano de 2020, falharia miseravelmente. Dificilmente vou dizer algo que outra pessoa não tenha dito antes seja bem vinda à internet, natalia e que não ofenda ninguém - afinal, o que eu mais vi no final do ano foram tweets que criticavam as pessoas que tiveram experiências positivas em 2020 (positividade tóxica!), tweets que criticavam as pessoas que criticavam as pessoas que tiveram experiências positivas em 2020 (deixe as pessoas serem felizes!) e tweets que criticavam as críticas feitas pelas pessoas que criticavam as pessoas que tiveram experiências positivas em 2020 (tenha noção, estamos no meio de uma pandemia. Pessoas estão morrendo!). 

    Soou confuso? Então combina com 2020.

    Faço parte do grupo privilegiado de pessoas que puderam trabalhar em casa e manter o distanciamento social - que, no meu caso, virou isolamento parcial - e passei a maior parte do ano alternando o olhar entre a tela do computador e a parede branca. Nesse contexto, que variava entre o mais completo marasmo e o mais completo caos, acabei refletindo sobre os meus hábitos, minha vida, o universo e tudo mais. Não porque eu quisesse refletir (longe de mim), mas porque foi inevitável não pensar e repensar sobre uma série de questões. A partir delas, mudei alguns hábitos, consolidei algumas percepções e tudo isso foi de grande ajuda para que eu conseguisse terminar 2020 com algum resquício de sanidade mental.

    Para inaugurar a fase 2021 desse blog - e inspirada pelo post da k. - resolvi postar uma compilação dos desdobramentos mais úteis que partiram dessas reflexões. De certa forma, são cinco mini posts, já que eu certamente faria textos maiores e mais pessoais sobre esses assuntos - se estivéssemos em 2008 e eu tivesse tempo livre suficiente para passar todo o fim de semana esperando que a minha internet discada e o Internet Explorer estivessem se entendendo bem. Eis um prato cheio para quem sente saudade dos ~blogs pessoais

    imagem por @lgnwvr

    sobre skincare

    Definir uma rotina de skincare é bem mais fácil quando você procura um dermatologista antes de sair gastando dinheiro em um monte de produtos caros recomendados por blogueiras que não tem o menor conhecimento sobre dermatologia. Infelizmente, eu sou uma grande preguiçosa e escolhi trilhar o caminho mais difícil. Quando me arrependi dessa decisão, já tinha desperdiçado muito dinheiro e a pandemia já estava acontecendo, de forma que corrigir o erro ficou menos viável do que permanecer nele. Porém, o tempo em casa e a falta de contato com o sol me permitiram testar todos os produtos que estavam encalhados aqui e eu finalmente consegui montar uma rotina básica de skincare que (aparentemente) funciona para o meu tipo de pele. De uns tempos para cá, consegui manter minha acne em um nível aceitável e diminuir consideravelmente a oleosidade da minha pele (principalmente graças ao Sérum Antiacne da Sallve). 

    sobre o meu carrinho velho

    Talvez soe muito babaca, mas eu tenho uma conexão muito especial com o meu carro. Já perdi as contas de quantas vezes me refugiei nele para chorar ou ficar em silêncio, de quantas vezes já nos divertimos fechando homis folgados no trânsito e de quantas vezes eu me senti bem por poder pensar em nada além de uma série de alavancas que preciso controlar na hora certa. E mesmo que eu tenha usado ele bem menos esse ano, meu carrinho velho poderia ter sido facilmente o objeto mais importante de 2020. Não sei como estão as coisas na cidade onde você mora, mas por aqui o transporte público continua lotado e mesmo que o uso de máscara seja obrigatório, nada impede as pessoas de colocarem a máscara no queixo para espirrar (???) ou para falar bem perto da cara de outro cidadão (???). Sinto um milhão de sintomas de ansiedade só de pensar em ter que pegar o ônibus para ir até o supermercado ou acompanhar minha mãe no médico. Sendo assim, fica aqui meus infinitos e cheios de carinho agradecimentos ao meu carrinho velho pelos serviços prestados em 2020.

    sobre eletrodomésticos úteis demais

    O ser humano é um ser nojento. Você pode constatar isso apenas pela capacidade que temos de sujar um ambiente sem fazer nada além de existir. Não adianta fazer a faxina mais meticulosa do ano: assim que a tarefa terminar você vai sentir dor de barriga ou fome, o que implica diretamente em sujar tudo o que você acabou de limpar. Para a vida ficar mais fácil, comprei dois eletrodomésticos que salvaram o meu isolamento: um aspirador de pó vertical e uma air fryer. Nunca mais usei uma vassoura para varrer a casa (minhas alergias agradecem) e estou me alimentando apenas com nuggets e batata congelada (meu corpo não agradece tanto assim, mas a fatura do meu cartão não está mais lotada de ifood, então tudo bem).

    sobre estratégias de organização

    Já dei um spoiler sobre esse tópico no post com indicação de planners feitos por mulheres, onde disse que me organizar foi um passo muito importante para manter a sanidade mental durante o isolamento social. Porém, além disso, também aproveitei o tempo para organizar a minha organização (será que isso faz sentido?). Consegui testar vários métodos e escolher os que funcionavam mais para mim. Fica aqui uma dica: por mais que existam vários conteúdos sobre rotinas e métodos de organização, é muito difícil encontrar uma receita pronta que funcione perfeitamente para você. Se você quer se organizar, se inspire nesses conteúdos, mas não copie. É muito doloroso perder tempo tentando seguir um método que não funciona para você só porque pessoa x ou y disse que é "a melhor forma de se organizar". A melhor forma é a que funciona para você! 

    sobre ler para escapar da realidade (e se sentir menos inútil) 

    Passei boa parte de 2019 olhando para os meus livros encalhados na estante como quem está morrendo de sede e fita um copo de água geladinha. Por isso, uma das minhas metas de 2020 era ler: independente do tempo, das minhas tarefas e do quanto as coisas estivessem atrasadas (coisas = mestrado). Minha meta era ler dois livros por mês. As leituras fluíram bem em janeiro, mas começaram a encalhar de fevereiro em diante. Por isso, tomei a saída dos covardes e comecei a ler graphic novels porque 1) eu queria e 2) isso fazia com que eu conseguisse ler mais livros em menos tempo. Sei que muitas pessoas consideram que isso é uma "trapaça", mas graças a esse truque consegui me manter motivada e efetivamente ler os 24 livros excluindo as graphic novels da conta. Tenho certeza de que, sem elas, eu teria desistido de cumprir a meta antes da metade do ano. Deixo aqui, então, meus agradecimentos às graphic novels e à Julia Quinn, que me fez ler toda a saga dos Bridgertons em menos de um mês.

    E essas foram as 5 coisas mais interessantes que aconteceram por aqui em 2020. Considerando tudo de ruim que aconteceu durante esse ano, acho que o saldo foi relativamente positivo. Sei que estou bem atrasada para fazer posts com essa vibe adeus ano velho, feliz ano novo, mas acabei demorando (exatos 16 dias!) para concluir esse post em função daqueles mesmos problemas de sempre. Espero que as minhas reflexões e mudanças de hábito possam ter entretido vocês durante alguns minutinhos e que já tenhamos os cartões de vacinação carimbados na próxima virada de ano #BoraVirarJacaré.

    Esse post foi inspirado pelo Year in review: 5 coisas aleatórias que aconteceram por aqui em 2020, postado pela Karine no blog Kaffeina. Recomendo demais o blog e os perfis de fotografia da K: o @karinebrittofoto e o @karinebrtt.co.
    . 18 janeiro 2021 .

    olhando para trás: 5 coisas sobre o meu 2020

    . 18 janeiro 2021 .

    Se eu tentasse escrever uma reflexão sobre o ano de 2020, falharia miseravelmente. Dificilmente vou dizer algo que outra pessoa não tenha dito antes seja bem vinda à internet, natalia e que não ofenda ninguém - afinal, o que eu mais vi no final do ano foram tweets que criticavam as pessoas que tiveram experiências positivas em 2020 (positividade tóxica!), tweets que criticavam as pessoas que criticavam as pessoas que tiveram experiências positivas em 2020 (deixe as pessoas serem felizes!) e tweets que criticavam as críticas feitas pelas pessoas que criticavam as pessoas que tiveram experiências positivas em 2020 (tenha noção, estamos no meio de uma pandemia. Pessoas estão morrendo!). 

    Soou confuso? Então combina com 2020.

    Faço parte do grupo privilegiado de pessoas que puderam trabalhar em casa e manter o distanciamento social - que, no meu caso, virou isolamento parcial - e passei a maior parte do ano alternando o olhar entre a tela do computador e a parede branca. Nesse contexto, que variava entre o mais completo marasmo e o mais completo caos, acabei refletindo sobre os meus hábitos, minha vida, o universo e tudo mais. Não porque eu quisesse refletir (longe de mim), mas porque foi inevitável não pensar e repensar sobre uma série de questões. A partir delas, mudei alguns hábitos, consolidei algumas percepções e tudo isso foi de grande ajuda para que eu conseguisse terminar 2020 com algum resquício de sanidade mental.

    Para inaugurar a fase 2021 desse blog - e inspirada pelo post da k. - resolvi postar uma compilação dos desdobramentos mais úteis que partiram dessas reflexões. De certa forma, são cinco mini posts, já que eu certamente faria textos maiores e mais pessoais sobre esses assuntos - se estivéssemos em 2008 e eu tivesse tempo livre suficiente para passar todo o fim de semana esperando que a minha internet discada e o Internet Explorer estivessem se entendendo bem. Eis um prato cheio para quem sente saudade dos ~blogs pessoais

    imagem por @lgnwvr

    sobre skincare

    Definir uma rotina de skincare é bem mais fácil quando você procura um dermatologista antes de sair gastando dinheiro em um monte de produtos caros recomendados por blogueiras que não tem o menor conhecimento sobre dermatologia. Infelizmente, eu sou uma grande preguiçosa e escolhi trilhar o caminho mais difícil. Quando me arrependi dessa decisão, já tinha desperdiçado muito dinheiro e a pandemia já estava acontecendo, de forma que corrigir o erro ficou menos viável do que permanecer nele. Porém, o tempo em casa e a falta de contato com o sol me permitiram testar todos os produtos que estavam encalhados aqui e eu finalmente consegui montar uma rotina básica de skincare que (aparentemente) funciona para o meu tipo de pele. De uns tempos para cá, consegui manter minha acne em um nível aceitável e diminuir consideravelmente a oleosidade da minha pele (principalmente graças ao Sérum Antiacne da Sallve). 

    sobre o meu carrinho velho

    Talvez soe muito babaca, mas eu tenho uma conexão muito especial com o meu carro. Já perdi as contas de quantas vezes me refugiei nele para chorar ou ficar em silêncio, de quantas vezes já nos divertimos fechando homis folgados no trânsito e de quantas vezes eu me senti bem por poder pensar em nada além de uma série de alavancas que preciso controlar na hora certa. E mesmo que eu tenha usado ele bem menos esse ano, meu carrinho velho poderia ter sido facilmente o objeto mais importante de 2020. Não sei como estão as coisas na cidade onde você mora, mas por aqui o transporte público continua lotado e mesmo que o uso de máscara seja obrigatório, nada impede as pessoas de colocarem a máscara no queixo para espirrar (???) ou para falar bem perto da cara de outro cidadão (???). Sinto um milhão de sintomas de ansiedade só de pensar em ter que pegar o ônibus para ir até o supermercado ou acompanhar minha mãe no médico. Sendo assim, fica aqui meus infinitos e cheios de carinho agradecimentos ao meu carrinho velho pelos serviços prestados em 2020.

    sobre eletrodomésticos úteis demais

    O ser humano é um ser nojento. Você pode constatar isso apenas pela capacidade que temos de sujar um ambiente sem fazer nada além de existir. Não adianta fazer a faxina mais meticulosa do ano: assim que a tarefa terminar você vai sentir dor de barriga ou fome, o que implica diretamente em sujar tudo o que você acabou de limpar. Para a vida ficar mais fácil, comprei dois eletrodomésticos que salvaram o meu isolamento: um aspirador de pó vertical e uma air fryer. Nunca mais usei uma vassoura para varrer a casa (minhas alergias agradecem) e estou me alimentando apenas com nuggets e batata congelada (meu corpo não agradece tanto assim, mas a fatura do meu cartão não está mais lotada de ifood, então tudo bem).

    sobre estratégias de organização

    Já dei um spoiler sobre esse tópico no post com indicação de planners feitos por mulheres, onde disse que me organizar foi um passo muito importante para manter a sanidade mental durante o isolamento social. Porém, além disso, também aproveitei o tempo para organizar a minha organização (será que isso faz sentido?). Consegui testar vários métodos e escolher os que funcionavam mais para mim. Fica aqui uma dica: por mais que existam vários conteúdos sobre rotinas e métodos de organização, é muito difícil encontrar uma receita pronta que funcione perfeitamente para você. Se você quer se organizar, se inspire nesses conteúdos, mas não copie. É muito doloroso perder tempo tentando seguir um método que não funciona para você só porque pessoa x ou y disse que é "a melhor forma de se organizar". A melhor forma é a que funciona para você! 

    sobre ler para escapar da realidade (e se sentir menos inútil) 

    Passei boa parte de 2019 olhando para os meus livros encalhados na estante como quem está morrendo de sede e fita um copo de água geladinha. Por isso, uma das minhas metas de 2020 era ler: independente do tempo, das minhas tarefas e do quanto as coisas estivessem atrasadas (coisas = mestrado). Minha meta era ler dois livros por mês. As leituras fluíram bem em janeiro, mas começaram a encalhar de fevereiro em diante. Por isso, tomei a saída dos covardes e comecei a ler graphic novels porque 1) eu queria e 2) isso fazia com que eu conseguisse ler mais livros em menos tempo. Sei que muitas pessoas consideram que isso é uma "trapaça", mas graças a esse truque consegui me manter motivada e efetivamente ler os 24 livros excluindo as graphic novels da conta. Tenho certeza de que, sem elas, eu teria desistido de cumprir a meta antes da metade do ano. Deixo aqui, então, meus agradecimentos às graphic novels e à Julia Quinn, que me fez ler toda a saga dos Bridgertons em menos de um mês.

    E essas foram as 5 coisas mais interessantes que aconteceram por aqui em 2020. Considerando tudo de ruim que aconteceu durante esse ano, acho que o saldo foi relativamente positivo. Sei que estou bem atrasada para fazer posts com essa vibe adeus ano velho, feliz ano novo, mas acabei demorando (exatos 16 dias!) para concluir esse post em função daqueles mesmos problemas de sempre. Espero que as minhas reflexões e mudanças de hábito possam ter entretido vocês durante alguns minutinhos e que já tenhamos os cartões de vacinação carimbados na próxima virada de ano #BoraVirarJacaré.

    Esse post foi inspirado pelo Year in review: 5 coisas aleatórias que aconteceram por aqui em 2020, postado pela Karine no blog Kaffeina. Recomendo demais o blog e os perfis de fotografia da K: o @karinebrittofoto e o @karinebrtt.co.