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    supostamente, ela escreve

    Esse blog foi criado para que eu, Natália Oliveira, tivesse um espaço na internet para publicar meus textos. A bem da verdade, mais procrastino que escrevo, mas isso não me impede de sonhar acordada com o dia em que conseguirei escrever algo realmente bom. Sou saudosista da época dos blogs pessoais, gosto de histórias (e fofocas) e de jogos casuais. Esse blog já teve vários nomes (natalapses; natália non grata; olive trees, garnets and trains) e escrevo nesse espaço de forma inconstante desde agosto de 2016.

    Se quiser entrar em contato, basta deixar um comentário ou mandar um e-mail para mail.natalialvr@gmail.com.

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    Um pombo nunca cagou em mim.

    Nos primeiros anos do ensino fundamental era comum alguém faltar ou chegar atrasado na aula porque foi atacado por um cocô de pombo. Depois disso, já no ensino médio, lembro desse assunto vir à tona e as pessoas comentarem suas histórias e os transtornos que "o ocorrido" gerou: perdi uma prova, cheguei atrasado no curso, perdemos o casamento da minha prima. No meu primeiro emprego, conheci uma menina que sofreu três ataques na mesma rua em menos de um ano - inclusive, a gente passava nessa rua todos os dias.

    E eu só ouvia as histórias, calada.

    imagem por @lulithebunny

    Sei que deveria me sentir sortuda por nunca ter passado por isso, mas, na minha cabeça, é uma questão de probabilidade. A probabilidade de alguém encontrar um trevo de quatro folhas é uma em dez mil. Mas, se eu sou uma pessoa que planta cem trevos por dia, a cada dia que passa estou mais próxima de encontrar esse trevo.

    Faz sentido? Na minha cabeça faz.

    Ando no meio dos pombos de segunda a sábado, pelo menos duas vezes no dia, desde 2009. Oito anos, cerca de trezentos e doze dias por ano, pelo menos duas vezes no dia: são quase CINCO MIL contatos diretos com pombos. Isso sem contar as vezes em que saí pra almoçar (ida e volta, mais dois contatos por dia) ou em que tive que andar várias vezes na frente da mesma pastelaria (por que os pombos amam pastelarias? Fica o questionamento) ou dias anteriores a 2009 em que tive que sair fora daquela rotina casa-escola, escola-casa.

    A possibilidade de um pombo cagar na minha cabeça amanhã é iminente.

    Posso ser uma vítima A QUALQUER MOMENTO.

    Isso fez com que eu ficasse paranoica sobre pombos. Fujo deles como o diabo foge da cruz: atravesso ruas, mudo trajetos, tenho toda uma restrição sobre pastelarias. Pra piorar a paranoia, acabei de descobrir que o tal cocô "pode provocar micoses e problemas respiratórios semelhantes à meningite, como histoplasmose e criptococose ou a clamidiose (bactéria), que causa sintomas variados, de febre à problemas na respiração" (de acordo com uma fonte ~confiabilíssima~ que é o R7).

    O que os pombos pensam sobre a minha paranoia? Provavelmente, algo similar à isso:

    . 16 outubro 2017 .

    não pegue o pombo

    . 16 outubro 2017 .

    Um pombo nunca cagou em mim.

    Nos primeiros anos do ensino fundamental era comum alguém faltar ou chegar atrasado na aula porque foi atacado por um cocô de pombo. Depois disso, já no ensino médio, lembro desse assunto vir à tona e as pessoas comentarem suas histórias e os transtornos que "o ocorrido" gerou: perdi uma prova, cheguei atrasado no curso, perdemos o casamento da minha prima. No meu primeiro emprego, conheci uma menina que sofreu três ataques na mesma rua em menos de um ano - inclusive, a gente passava nessa rua todos os dias.

    E eu só ouvia as histórias, calada.

    imagem por @lulithebunny

    Sei que deveria me sentir sortuda por nunca ter passado por isso, mas, na minha cabeça, é uma questão de probabilidade. A probabilidade de alguém encontrar um trevo de quatro folhas é uma em dez mil. Mas, se eu sou uma pessoa que planta cem trevos por dia, a cada dia que passa estou mais próxima de encontrar esse trevo.

    Faz sentido? Na minha cabeça faz.

    Ando no meio dos pombos de segunda a sábado, pelo menos duas vezes no dia, desde 2009. Oito anos, cerca de trezentos e doze dias por ano, pelo menos duas vezes no dia: são quase CINCO MIL contatos diretos com pombos. Isso sem contar as vezes em que saí pra almoçar (ida e volta, mais dois contatos por dia) ou em que tive que andar várias vezes na frente da mesma pastelaria (por que os pombos amam pastelarias? Fica o questionamento) ou dias anteriores a 2009 em que tive que sair fora daquela rotina casa-escola, escola-casa.

    A possibilidade de um pombo cagar na minha cabeça amanhã é iminente.

    Posso ser uma vítima A QUALQUER MOMENTO.

    Isso fez com que eu ficasse paranoica sobre pombos. Fujo deles como o diabo foge da cruz: atravesso ruas, mudo trajetos, tenho toda uma restrição sobre pastelarias. Pra piorar a paranoia, acabei de descobrir que o tal cocô "pode provocar micoses e problemas respiratórios semelhantes à meningite, como histoplasmose e criptococose ou a clamidiose (bactéria), que causa sintomas variados, de febre à problemas na respiração" (de acordo com uma fonte ~confiabilíssima~ que é o R7).

    O que os pombos pensam sobre a minha paranoia? Provavelmente, algo similar à isso: